sábado, 15 de novembro de 2014

Todas as coisas da criação são filhas do pai e irmãs do homem”, lembrava São Francisco de Assis, no século XII. Na semana em que a Igreja Católica celebrou o dia deste frade italiano que se tornou patrono dos animais e do meio ambiente, a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Forquilhinha, realizou pela segunda vez a bênção de animais em frente à igreja matriz.
Cães, ovelhas, gatos e pássaros foram levados para participar da celebração conduzida pelos freis Jacir e Benjamin que, assim como os demais religiosos que atuam em Forquilhinha, pertencem à ordem inspirada pelos ideais franciscanos. “Ficamos felizes com a força que esta ação ganhou em seu segundo ano. Quem ama os animais, cuida!”, destacou frei Jacir.
A faccionista Rosani Vitali aproveitou o sábado com tempo bom para levar a sua companheira Layka para receber a benção. “Como católica que sou, acredito que todas as criaturas são filhas de Deus. A Layka é uma companheira que alegra os meus dias e merece participar deste momento”, disse Rosani com sua poodle branca nos braços.
No final da benção, todos se posicionaram em frente à igreja para uma foto coletiva que selou o encontro. "Ações como esta reforçam as ideias de São Francisco de Assis, que merecem uma reflexão e atenção cada vez maiores. Humildade, servidão, amor à natureza e vivência do Evangelho são algumas lições que ele ainda provoca nos dias atuais. Vamos refletindo e nos preparando para repetir a bênção em 2015", finalizou frei Jacir.

Colaboração: Giovana Pedroso



sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Fé e Oração em celebração do Frei Rinaldo Stecanela

A fé levou uma multidão à igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus, no último dia 31 de agosto. Frei Rinaldo Stecanela que já percorreu centenas de cidades brasileiras para fazer a missa da saúde esteve em Forquilhinha e arrancou lágrimas e sorrisos das pessoas que acompanharam a celebração.
Durante a missa, que durou cerca de duas horas e meia, ele envolveu os participantes numa corrente solidária aos doentes. Um dos momentos mais fortes da santa missa aconteceu durante a homilia. O frei pregou falando sobre a saúde.
Crianças, homens e mulheres, jovens e idosos com os mais variados tipos de câncer foram identificados e chamados até a frente do altar. Foi um momento de demonstração de fé e de reflexão sobre o apoio da família aos enfermos.
O doente é uma pessoa normalmente mais fragilizada e que fica mais dependente dos filhos, marido ou esposa. Durante esse momento de reflexão, Frei Rinaldo tocou no intimo falando do abandono e do descaso de familiares. É preciso ter forças para enfrentar uma enfermidade como o câncer e sozinho fica difícil superar as barreiras que surgem durante o tratamento. Por isso, ele pediu a união das famílias nessas horas tão dolorosas.
As pessoas se emocionaram e se uniram com os que mais sofrem. Uma multidão proclamou a fé rezando juntos pedindo pela cura. “Doença vai embora, eu quero minha saúde de volta”. Frei Rinaldo pediu muitas vezes para que as pessoas repetissem essa frase e que elas acreditassem que tudo é possível. Deus se manifesta através de nossa fé e Deus cura e cuida do corpo e da alma de seu povo. A oração tem poder e ela pode ajudar a minimizar o sofrimento dos doentes.
São Peregrino, protetor dos doentes com câncer, se prostrou aos pés da cruz e clamou pela cura daquela doença maligna. Ele viu Jesus descer da cruz pintada na parede e tocar sua  perna doente. Ao acordar constatou que havia ocorrido um verdadeiro milagre, pois a perna estava totalmente curada. Por causa deste fato, ele passou a ser venerado e invocado como o protetor contra o câncer. Frei Rinaldo ressaltou que a fé é importante, mas que também é fundamental não parar os tratamentos com um médico especialista.
A celebração foi embalada com as canções tocadas pelo ministério de música Exército de Salvação. E depois de duas horas de celebração, o povo recebeu a benção especial da saúde. As pessoas foram embora de alma lavada, se sentindo abençoadas e fortes para enfrentar qualquer enfermidade que possa aparecer.

Colaboração: Eliane Gonçalves 











terça-feira, 24 de junho de 2014

Corpus Christi: comunhão é assumir a necessidade dos irmãos


Celebrada todos os anos na quinta-feira após o domingo da santíssima trindade, Corpus Christi, expressão latina que significa corpo de cristo, une os fiéis de todo o mundo. Eles se reúnem em torno da herança mais preciosa deixada por Cristo: a sua própria presença, transformada em sacramento de comunhão.
A festa teve origem na Diocese de Liége, na Bélgica, por volta do ano de 1247. No Brasil, a celebração foi instituída em 1961. A tradição de enfeitar as ruas com tapetes ornamentados originou-se em Ouro Preto, Minas Gerais, e a prática foi adotada em diversas dioceses do território nacional. Em nossa Paróquia, todos os anos as comunidades se dividem, reúnem-se e colocam toda a criatividade em prática, dando uma demonstração de unidade e comunhão.
A propósito, o verdadeiro sentido de “comunhão” é reflexão que este dia de ruas enfeitadas e comunidade em procissão nos oferece. O Santo Papa Francisco fala: “A Eucaristia é o sacramento da comunhão, que nos faz sair do individualismo”. Quantas vezes nós assumimos a necessidade dos irmãos e irmãs, seguindo o que pediu Jesus Cristo aos seus discípulos: “dai-lhes vós mesmos de comer”?
Os discípulos tinham pouco, mas foram estes poucos pães e peixes que se multiplicaram nas mãos de Cristo e saciaram a multidão. Assim deve ser a nossa vontade de comunhão. Argumentos como pouco tempo, poucos recursos ou pouco conhecimento são superados quando há vontade de assumir a dor ou a necessidade do outro.  E quando saímos do individualismo, nosso exemplo se multiplica, como os pães e peixes do milagre.
Na família, no trabalho, na catequese, nas ações sociais da comunidade, nos grupos de jovens e de casais sempre haverá a oportunidade de materializar a fé, praticando-a com ações pelo outro. Isso é comungar. A igreja de Cristo que comunga e celebra o seu corpo não pode esquecer que está inserida em uma sociedade individualista e de cidadãos isolados em mundos paralelos e virtuais. O cristão que vive a comunhão em Cristo deve seguir na direção contrária. A igreja e a sociedade precisam do sentimento coletivo. “Não devemos ter medo. Devemos nos colocar à disposição de Deus com todas as nossas capacidades”, diz o Papa Francisco.

Os belos tapetes de Corpus Crhisti lembram a unidade do povo que comunga uma mesma vontade: servir à Cristo, vivendo e agindo pela comunidade dos seus filhos e filhas.

Colaboração: Giovana Pedroso





segunda-feira, 16 de junho de 2014

Um presente para os fiéis no dia de Santo Antônio

No último dia 13 de junho, os católicos comemoraram Santo Antônio de Pádua, um dos santos mais populares do mundo. Em Forquilhinha, a igreja matriz do Sagrado Coração de Jesus fez uma celebração especial para lembrar a data. Casais, namorados e devotos foram convidados a participar da missa celebrada pelos Freis da Paróquia. A igreja ficou lotada.
Durante a celebração, os fieis acompanharam um pouco da história de Santo Antônio que em vida se dedicou a pregação do evangelho e a proteção dos pobres. 13 de junho foi a data de sua morte aos 36 anos, em 1231.

Pessoas da comunidade participaram da missa com procissão de símbolos que lembram Santo Antônio, como o lírio, que representa a pureza, e o cesto de pães, que é a doação aos pobres. Os casais de namorados e os eternos namorados receberam uma benção especial do Frei Jacir, que pediu compreensão, respeito, e principalmente amor entre eles .

Mas a grande surpresa mesmo ficou para o fim da celebração. O povo ficou admirado quando casais entraram na igreja segurando várias tortas com a imagem do santo na cobertura. Eles também receberam uma benção e em seguida, a comunidade pode confraternizar.
Mais de quinhentos quilos de bolo foram partilhados entre centenas de pessoas de várias comunidades do município. Durante esse momento mais uma surpresa. Lembranças de Santo Antônio foram colocadas dentro do bolo. E cada vez que alguém encontrava uma delas, Santo Antônio era exaltado: “Viva Santo Antônio!”
O gesto foi uma forma de unir as comunidades em um momento especial de partilha e doação, como fazia Santo Antônio. Mais do que pregar a palavra, ele foi um exemplo de vida cristã, de amor a Deus e caridade com os irmãos.



Colaboração: Eliane Gonçalves

















terça-feira, 20 de maio de 2014

Igreja de São Roque: patrimônio histórico reaberto à comunidade

Dois anos de interdição. A comunidade do bairro São Roque de Criciúma não esquecerá o tempo que permaneceu sem celebrar a fé dentro da histórica igreja do local. Mas esta página da história do bairro foi virada no último dia 18 de maio. Na data, a igreja foi reinaugurada com uma celebração festiva.
A missa celebrada pelo Bispo Dom Jacinto Flache pelo Pároco Frei JacirZolet, reuniu moradores, comissão de restauração e Ministério Público Federal, representado pelo Procurador da República Darlan Airton Dias. A igreja estava lotada e os olhares atentos aos detalhes e melhorias realizados. “A comunidade queria muito ver a igreja restaurada, ela representa muito para os moradores do bairro e para toda a Paróquia”, disse o pároco, Frei Jacir.

Patrimônio histórico                                                 

A Igreja de São Roque foi inaugurada em 1951. O sino da igreja data de 1925, quando a capela foi erguida com a colaboração dos moradores. Em 2004, a igreja foi tombada como patrimônio histórico de Criciúma. Já no ano de 2012, os sinais do tempo, das cheias do rio Sangão e da mineração, tornaram claro o comprometimento da sua estrutura. A interdição foi realizada no mesmo ano e a comunidade passou a fazer as suas celebrações no Centro Comunitário.
Após o fechamento do templo, o Ministério Público Federal detectou através do Departamento Nacional de Proteção Mineral (DNPM) que uma galeria atrás da igreja comprometeu a estrutura. A mineradora responsável foi sentenciada a recuperar os danos.

Trabalho de muitas mãos


Além dos recursos repassados pela empresa sentenciada, o membro da comissão de restauração da igreja, Antônio Zanellato, ressalta que a reinauguração completa do patrimônio só foi possível com a união de vários segmentos. “A praça em frente à igreja recebeu melhorias com a contribuição da prefeitura de Criciúma. O restante foi feito pela mineradoraedoações”, conta Zanellato. O custo do trabalho que inclui projeto elétrico, nova iluminação, recuperação interna e nova pintura externa foi de R$ 436 mil reais.

Colaboração texto: Giovana Pedroso
Colaboração fotos: Everton foto e imagem

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